O itinerário existencial do ser humano demonstra a sua capacidade de introspecção, de reconhecimento de realidades que na consciência provoca uma experiência de estupenda admiração. Como ser histórico experimenta a relação com o tempo, com o mundo e com os homens, è impulsionado a fundar o seu percurso na via da verdade ditada por sua consciência quando aplica nos fatos os seus atos que produzem o bem.
Neste caminhar histórico o homem depara-se com uma verdade sobrenatural, transmitida por um povo com características novas, que demonstram a adesão a esta verdade revelada. Encontrando-se com esta verdade o homem pode escutar a Palavra divina que revela a grandeza do seu próprio ser. Diante da Palavra pronunciada com a revelação a resposta do homem deve ser livre e consciente, contudo, como demonstrar a credibilidade de tal ato de fé?
Emersos na historia lugar do agir de Deus, o homem pode experimentar em Cristo, Palavra definitiva do Pai, a verdade que liberta sua existência da angústia, da morte como última possibilidade do existir, do sofrimento sem sentido..., para isso, deve fazer uma opção pessoal, como passagem no encontro de sua existência livre com a verdade revelada. Contudo, apesar da radicalidade pessoal para o ato de fé este se torna por sua própria natureza um ato de comunhão e participação, que insere o homem neste novo povo chamado Igreja.
Consequentemente, o ato de fé desemboca na experiência trinitária de amor. Será esta a característica essencial de pertença a este povo e a comunicação credível na historia que tornará possível a manifestação pessoal e eclesial da capacidade existente em cada homem de amar. É Ele que saindo do seu silencio pronuncia o acesso real de todo homem em sua intimidade, na máxima liberdade doa-se a liberdade do homem que encontra sua plenitude somente na adesão a esta verdade divina.